Joaquim Leitão Anpc

September 6, 2021, 1:24 am

Assim sucedeu na tragédia de Pedrógão Grande. Não raras vezes o presidente da ANPC recuou para não tirar protagonismo à ministra e ao secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. Em relação a este último, de quem foi adjunto entre o início e o fim de 2016, Leitão "continua a ser o número 2", indica quem acompanha a sua carreira, desde há muito ligada aos bombeiros e à Proteção Civil. DE COSTA A COSTA Inegável é a ligação do coronel natural de Lamego, de onde saiu adolescente para a licenciatura em Ciências Militares na Academia Militar - também viria a frequentar Contabilidade e Administração, ficando pelo 2º ano -, ao primeiro-ministro. A primeira passagem de Leitão pelo governo foi em 2005, quando o militar, que integrava a Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, foi destacado para o gabinete do secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, sendo ministro da tutela António Costa. A ida do futuro líder do PS para a Câmara de Lisboa abriu-lhe novos horizontes e em 2008 foi nomeado comandante do Regime de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

Joaquim

O presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), Joaquim Leitão, apresentou a sua demissão. O pedido, "com efeitos imediatos", foi formalizado na quarta-feira. António Costa já aceitou. O presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), Joaquim Leitão, apresentou a sua demissão. A informação foi avançada pela RTP, que dá conta que o responsável entregou na quarta-feira uma carta de demissão dirigida ao secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes. Com a saída de Constança Urbano de Sousa, e consequente exoneração dos seus secretários de Estado, a carta foi remetida para António Costa, que aceitou a demissão de Joaquim Leitão. Como recupera a mesma estação pública, a demissão de Joaquim Leitão não implica o pagamento de qualquer indemnização. Se tivesse sido demitido depois de 24 de outubro, o presidente da ANPC teria que receber uma indemnização de cerca de 145 mil euros. demissão de Joaquim Leitão surge na sequência das críticas que foram dirigidas à Proteção Civil depois dos incêndios que se registaram entre junho e outubro e que vitimaram, até ao momento, 107 pessoas.

Jaime Marta Soares deixa elogios pessoais ao presidente demissionário, mas também alguns reparos. "O coronel Joaquim Leitão era uma excelente pessoa, talvez não estivesse vocacionado para o exercício de um cargo tão complexo e tão difícil e, porventura, não teve a independência que seria desejável para o exercício daquele cargo. Deixo uma saudação de respeito, mas compreendo e penso que não tinha outra solução e que essa foi a melhor solução", vincou. O presidente da LBP defendeu que o atual modelo de Proteção Civil "claudicou e faliu", e apelou a uma "alteração profunda" nas políticas futuras. Jaime Marta Soares reconheceu que o próximo presidente da ANPC tem de ser alguém da confiança do Governo, mas alertou que há outros fatores a ter em conta na nomeação para um cargo desta responsabilidade e traçou o perfil que acha adequado. "Uma pessoa com uma personalidade bem vincada, com base nos conhecimentos, na independência no exercício de uma função que se quer por alguém que esteja equidistante de qualquer poder, mas que seja próximo das populações, daqueles a quem a Proteção Civil efetivamente tem de servir", declarou o presidente da LBP.

Deixo uma saudação de respeito, mas compreendo e penso que não tinha outra solução e que essa foi a melhor solução", vincou. O presidente da LBP defendeu que o atual modelo de Proteção Civil "claudicou e faliu", e apelou a uma "alteração profunda" nas políticas futuras. Jaime Marta Soares reconheceu que o próximo presidente da ANPC tem de ser alguém da confiança do Governo, mas alertou que há outros fatores a ter em conta na nomeação para um cargo desta responsabilidade e traçou o perfil que acha adequado. "Uma pessoa com uma personalidade bem vincada, com base nos conhecimentos, na independência no exercício de uma função que se quer por alguém que esteja equidistante de qualquer poder, mas que seja próximo das populações, daqueles a quem a Proteção Civil efetivamente tem de servir", declarou o presidente da LBP. Jaime Marta Soares recordou que, no sábado, o Governo vai reunir em Conselho de Ministros extraordinário para analisar o relatório da comissão técnica independente aos incêndios da região centro, em junho, entre eles o de Pedrógão Grande, onde morreram oficialmente 64 pessoas.

No início deste ano, Joaquim Leitão propôs a substituição no comando operacional da APNC de José Manuel Moura por Rui Esteves, até então comandante distrital de Operações de Socorro em Castelo Branco. Rui Esteves apresentaria a demissão já depois de Pedrógão Grande na sequência das dúvidas levantadas sobre a sua licenciatura em Proteção Civil, obtida com 32 equivalência em 34 unidades curriculares do curso, uma suspeita que se alastrou a outros elementos do topo da hierarquia da ANPC e que está agora sob investigação da Inspeção-Geral de Educação e Ciência. Rui Esteves seria substituído interinamente por Albino Tavares, até então comandante nacional adjunto. No relatório sobre o incêndio de Pedrógão Grande, o agora Comandante da Proteção Civil também não escapa ileso às críticas: não só entregou o controlo das operações a um subalterno quando o incêndio se encontrava por debelar — contrariando a doutrina vigente –, como ordenou ordenou, na madrugada de 18 de junho, aos operadores de comunicações para que não registassem mais alertas na fita do tempo, uma decisão muito criticada pelos especialistas e que pode ter contribuído para que hoje seja possível apurar tudo o que aconteceu naqueles dias.

O presidente da ANBP considerou também esta figura deve ter uma relação direta com todas as forças armadas, forças de segurança e bombeiros. A demissão de Joaquim Leitão segue-se à saída da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa na quarta-feira, e do comandante nacional operacional da ANPC, Rui Esteves, em setembro, no pior ano de incêndios florestais da última década, que já deixaram mais de cem mortos e acima de 500 mil hectares de área ardida. As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo. O presidente Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Joaquim Leitão, entregou na quarta-feira a carta de demissão dirigida ao secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que, por sua vez, a remeteu para o primeiro-ministro, atendendo à saída, no mesmo dia, da ministra da tutela, Constança Urbano de Sousa, do executivo.

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Chegou a acumular o cargo com o de diretor municipal de Proteção Civil e Socorro, para o qual foi nomeado em 2011. Seria ainda subdirector da Escola de Serviço de Saúde Militar. Em janeiro de 2016, voltou ao Ministério da Administração Interna, de novo como adjunto do secretário de Estado. Meses mais tarde, em outubro, acabaria por suceder a Grave Pereira como presidente da Proteção Civil. A demissão de Joaquim Leitão já era esperada, depois de divulgado o relatório da Comissão Técnica Independente nomeada avaliar o incêndio de Pedrógão Grande, que apontou muitas críticas à atuação da Proteção Civil. A saída de Joaquim Leitão é precipitada pelas conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente. Nesse documento, aqui analisado em detalhe pelo Observador, a atuação do comando da Proteção Civil é muito criticada. Entre muitas considerações, os 12 especialistas não deixam espaço para dúvidas: "As consequências catastróficas do incêndio", nomeadamente as 64 mortes registadas, "não são alheias às opções táticas e estratégicas que foram tomadas".

"Uma demissão de uma pessoa que é política, administrativa é fácil, a demissão de um responsável ao mais alto nível de uma situação operacional dos bombeiros, da proteção civil é diferente. Eu penso que no meio da guerra não se podem substituir generais. No meio da guerra mesmo que o general não funcione ou que as coisas não corram bem para o general, este tem de se manter até que a guerra acalme", salientou. No entender de Fernando Curto, seria pior para a estrutura se no meio de toda a turbulência das mortes, da má organização do socorro, que depois foi identificada em relatórios, tivesse havido um abandono do cargo. Quanto à escolha para o próximo presidente da ANPC, Fernando Curto considera que este deve ser oficial das Forças Armadas. "Continuo a achar que a ANPC deve ser comandada por um oficial das Forças Armadas no sentido em que a orgânica da proteção está montada nesse contexto, ou seja, há toda uma organização das forças de segurança e estas forças de segurança compõem a comissão nacional de proteção civil ao mais alto nível e terá que ser uma figura patente superior que possa supervisionar não só as forças armadas como também a estrutura nacional da proteção civil", salientou.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo. Seja sempre o primeiro a saber. Acompanhe o site eleito pelo quarto ano consecutivo Escolha do Consumidor. Descarregue a nossa App gratuita.

joaquim vayreda